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Realizado na CIC Garibaldi, Mapa Econômico do RS aponta oportunidades para o desenvolvimento regional


A CIC Garibaldi sediou na quinta-feira, 7 de agosto, o terceiro encontro de 2025 do Mapa Econômico do Rio Grande do Sul. Promovido pelo Jornal do Comércio, o evento reuniu líderes empresariais, gestores públicos e especialistas para debater os caminhos do desenvolvimento regional, integrando os municípios membros dos Conselhos Regionais da Serra, Hortênsias, Campos de Cima da Serra, Encosta da Serra, Vale do Caí e Vale do Paranhana.

Nesta edição, os painelistas convidados foram Neco Argenta, presidente do Grupo Argenta, Maria Anselmi, fundadora e CEO da Malharia Anselmi, e Oscar Ló, presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi.

O debate, mediado pelo editor-chefe da publicação, Guilherme Kolling, discutiu iniciativas para impulsionar a recuperação econômica e soluções para uma economia em constante transformação para as regiões mais atingidas pelas enchentes.

Durante cerca de uma hora, eles abordaram desafios e oportunidades para as principais cadeias produtivas regionais. Desde 2023, o Mapa Econômico do RS mapeia e analisa os principais vetores econômicos do Estado, dividindo-o em cinco grandes regiões. A iniciativa identifica desafios, potencialidades e avanços em cada território.

O presidente da CIC, Carlos Bianchi, destacou a relevância do evento para o setor produtivo. “O Mapa Econômico do RS nos faz refletir e apresenta dados estratégicos e indicadores para nortear decisões e saber onde estamos e para onde vamos, fundamental para identificarmos oportunidades e definirmos uma nova visão de futuro”.

Os problemas na logística e a questão climática foram alguns dos entraves citados para o crescimento, enquanto o turismo foi destacado como oportunidade de expansão regional.

Argenta lamentou que o Rio Grande do Sul ficou para trás em infraestrutura em relação a outros estados. “Aí é que está o gargalo. A união que devemos ter é não olhar só o seu município. Precisamos olhar para a logística, precisamos ter um bom aeroporto porque os turistas não chegam”, afirmou.

Maria contou que, quando começou a empresa, há 45 anos, não tinha dinheiro e nem experiência e enfrentou períodos de inflação a 70% ao mês.”Tivemos uma caminhada de muita luta, de trabalho, de seriedade,de tentar colocar as pessoas em primeiro lugar, fazendo um bom produto e colocando o cliente em primeiro lugar.

Em sua fala, Ló abordou a transformação do setor vitivinícola nos últimos anos. O segmento faturou em torno de R$ 6 a R$ 7 bilhões no ano passado, que representa 1% do PIB gaúcho “Embora o setor seja economicamente pequeno, tem grande importância social por manter 12 mil famílias em atividade”, destacou.

Ele citou a questão climática como um dos desafios para a produção vitivinícola, o que tem levado a Cooperativa Garibaldi a investir em testes de uvas em busca de variedades da fruta mais resistentes. 

“Os hábitos de consumo também são um desafio para o setor. A indústria precisa estar atenta aos hábitos Hoje está voltando o consumo de vinhos brancos e de produtos com menos ou sem álcool. A indústria precisa estar atenta a tudo isso, porque são novos nichos e mercados”, complementou.

Os participantes foram unânimes em defender que é preciso trabalhar sem depender do governo federal. “Não há crise que resista a uma surra de trabalho, é isso o que temos que fazer agora”, concluiu Maria.

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