O estado de calamidade pública que atingiu o Rio Grande do Sul, além das irrecuperáveis perdas humanas, trouxe também impacto econômico para as empresas.
A queda no número de pedidos e, por consequência de faturamento, além da dificuldade para receber mercadorias, matérias-primas e insumos e o escoamento da produção foram apontadas como as principais dificuldades enfrentadas por empreendimentos garibaldenses em virtude das enchentes no estado.
A informação está na pesquisa, realizada pela CIC Garibaldi, que ouviu 107 empresas associadas entre os dias 14 e 16 de maio. O objetivo foi apurar as consequências para os negócios provocadas pelas fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul desde o final de abril.
Os entrevistados também apontaram dificuldade para o transporte dos trabalhadores e perda de estoque provocado por enxurradas. A inadimplência também é uma das preocupações que começa a surgir, já que 84,3% dos que responderam a pesquisa disseram ter clientes nas regiões mais atingidas. Empresas também já tiveram pedidos cancelados.
A catástrofe também teve influência sobre a confiança do setor empresarial. Mais da metade dos entrevistados (51%) ainda não estão certos se os acontecimentos terão algum impacto nas suas atividades. Porém, 38,2% estão pessimistas, temendo redução no desempenho (29,4%) e até preocupados com a sobrevivência do seu negócio (8,8%).
Aumentou para 447 o número de municípios (cerca de 90% do total no RS) afetados pelas enchentes, segundo atualização do governo do Estado. Isso representa, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 94,3% de toda a atividade econômica estadual.
Em relação aos estabelecimentos industriais, as regiões com a maior quantidade de Indústrias no RS em municípios afetados são Vale dos Sinos (9,1 mil), Metropolitana (8 mil) e Serra (6,6 mil). Já as regiões que mais empregam na indústria do Rio Grande do Sul em municípios atingidos são Vale dos Sinos (184 mil), Metropolitana (128 mil) e Serra (121 mil).