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O julgamento do povo

Os efeitos da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, que ainda aguarda manifestação do Tribunal Superior Eleitoral, que determinou uma eleição suplementar em Garibaldi para 3 de abril, imobilizou as ações do Poder Público que necessitavam de processos de licitação ou tomada de preços.
A estagnação das ações provocadas por esse imbróglio político-jurídico no município terá suas consequências sentidas por todo o ano, já que no segundo semestre ainda teremos as eleições estaduais e federal.
Tenho que ressaltar a postura e o trabalho desempenhado, tanto pela Márcia Pedersetti como pelo José Bortolini, que ocuparam o cargo de prefeito interinamente, após a saída do Alex Carniel. Deram continuidade aos trabalhos sem alteração da equipe, mantendo o planejamento estabelecido, demonstrando consciência comunitária, já que o afastamento não foi provocado por ações administrativas.
Por outro lado, todo o desenrolar dos fatos, aliado à acontecimentos paralelos, contribuiu para aumentar a desilusão que já era significativa em relação à política. Felizmente, as duas chapas que se apresentam (PP e PT) oferecem opções respeitáveis aos eleitores.
Porém, o que não é positivo, é o acirramento de ânimos que a política partidária local tem demonstrado. Isso pode levar a eleições futuras com níveis de rivalidade fora do aceitável. Por isso acredito que o MDB deveria ter indicado candidato para esta eleição, principalmente por ter tido seu pleito atendido pelo Judiciário.
Os partidos políticos morreram. O voto é muito mais pessoal do que ideológico, principalmente pelo troca-troca de legendas
Acredito que o reflexo destes acontecimentos não se dará nesta eleição suplementar, mas na votação de candidatos a deputado em outubro. Aí saberemos qual será o julgamento do povo diante de todos os acontecimentos.
Independentemente de quem for eleito para concluir este período de dois anos e oito meses, um dos pontos que mais deverá receber atenção é o turismo. A evolução deste setor em Garibaldi e região merece uma atenção especial para que se possa usufruir com sabedoria de todos os benefícios que todos os segmentos que o integram proporcionam.
O que é intransferível é a necessidade de que, passado esse contratempo, retornemos imediatamente à normalidade para que as ações pelo desenvolvimento de Garibaldi sigam seu rumo.
José Heitor Mombach
Engenheiro, ex-presidente da CIC

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