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Entidades empresariais gaúchas alertam sobre a epidemia das bets e pedem restrições

A CIC e a CDL Garibaldi uniram-se ao movimento que pede maior tributação e restrição à publicidade de bets, as apostas esportivas online. A iniciativa é encabeçada pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS),  Federação das Associações Gaúchas do Varejo (FAGV) e Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA).

O documento, que já tem a adesão de dezenas de entidades gaúchas, também tem o aval do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers). O texto abre com o alerta de que bet vicia e que “o vício em jogo está destruindo famílias”. Além de aumento da tributação, pede a políticos uma restrição semelhante à publicidade de outros produtos com este efeito, como é o caso dos cigarros.

O comércio em geral começou a se manifestar primeiro quanto ao avanço das bets nas finanças familiares. De alguns meses para cá, a pauta tomou as discussões dos supermercadistas, pois as apostas passaram pegar a fatia do orçamento familiar que era direcionada à alimentação.

O presidente da FAGV, Vilson Noer, expressa sua preocupação com o incentivo às apostas em campanhas publicitárias protagonizadas por celebridades e influenciadores digitais e alerta sobre a projeção de que o mercado de apostas pode movimentar R$ 700 bilhões até 2028. “A epidemia das apostas se instalou de maneira exponencial”, alerta.

NOTA DAS ENTIDADES

BET VICIA! E o vício em jogo está destruindo famílias

Milhões de famílias estão sendo destruídas, com pais e filhos perdidos no vício em jogos eletrônicos, numa compulsão incontrolável por jogar corrompendo virtudes, provocando endividamento e inadimplência, comprometendo a renda que garantia a alimentação, os estudos, até provocar a perda dos bens que acumularam ao longo da vida.

O Cremers vem alertando para danos gravíssimos à saúde pública, já em escala de epidemia, com reflexos na saúde mental, na violência doméstica, em casos de suicídios de jogadores que não percebiam saídas para as dívidas de jogos.

Entidades empresariais denunciam desfalques de funcionários corrompidos pela compulsão, perdendo a dignidade no crime para pagar o vício no jogo, alertam para o futuro e a renda que o Brasil perde para outros países.

Uma doença tão grave para a saúde da Nação brasileira vem sendo impulsionada por publicidade em redes sociais e nos meios de comunicação, com anúncios sufocando o debate na opinião pública, numa distorção dos remédios que a democracia dispõe em busca da cura.

É urgente que a classe política enfrente a situação, pelo menos com as mesmas restrições à publicidade impostas aos vícios lícitos, com tributação sobre as bets na proporção dos prejuízos à saúde pública e economia brasileiras.

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