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Debate sobre concessão das rodovias chega a uma encruzilhada

Não é de hoje que a situação das rodovias, não somente em nossa região, como de maneira geral, carece de investimentos. Há uma defasagem na infraestrutura viária que transcende a discussão dos pedágios, simplesmente no debate do contra ou a favor. Entram na discussão as questões de segurança dos usuários, custo do transporte, perda de competitividade empresarial.
Como empresário e vice-presidente da CIC, atuamos por alternativas que beneficiem a região com obras de ampliação das rodovias e, ao mesmo tempo, sejam viabilizadas de maneira justa. Há décadas que o Governo do Estado não investe em melhorias significativas na Serra. Com exceção de pequenas intervenções para recuperação ou manutenção de estradas, nenhum investimento foi realizado.
Mas a região merece mais. Não podem mais ser adiados investimentos para a duplicação de trechos importantes, que criaram verdadeiros gargalos para o transporte e deslocamento. Desde o início das discussões sobre as concessões estamos participando ativamente de reuniões, audiências públicas e debates sobre o modelo apresentado pelo Governo do Estado.
Nossa entidade, desde o princípio, não aceitou a forma como tentou ser imposto este modelo e vem questionando, juntamente com o Poder Público Municipal, alguns pontos que são fundamentais para garantir o modelo que se adapte às nossas reais necessidades.
Apresentamos uma série de intervenções que consideramos essenciais para as rodovias que atravessam o território de Garibaldi. Solicitamos, juntamente com CICS Serra, Corede e Amesne a ampliação do prazo para discussão da proposta, da mesma forma que nos posicionamos totalmente contrários a adoção da outorga como meio de definição da concessionária. Defendemos nossos associados e nossa comunidade nestes debates e acreditamos que a região deve se unir para viabilizar uma proposta que atenda nossas necessidades e possa ser executada dentro do menor período de tempo.
A desfederalização da BR 470 também entra nessa discussão e não há uma resposta simples, já que percebemos que faltam projetos ou prazos concretos para sua duplicação. Temos feito vários questionamentos: se a rodovia entrar no projeto de concessão, há garantias para sua duplicação em menos de cinco anos? Se não for desfederalizada, a União garante investimentos para a duplicação?
Até porque, se a concessão realmente avançar e a 470 ficar de fora, o pedágio previsto entre Carlos Barbosa e São Vendelino será mantido do mesmo jeito. Por isso estamos atentos para não haver precipitação que nos amarre a um contrato de 30 anos sem antes termos todas as garantias de que este será o melhor caminho para a região.
Vivemos um momento de grande importância para o futuro de nossa infraestrutura viária, uma encruzilhada que pode nos alçar para uma jornada de grandes avanços ou nos manter presos ao atraso.
Carlos Bianchi
Vice-presidente Geral da CIC

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