Aliar uma visão estratégica à concessão de benefícios flexíveis pode proporcionar uma complementação salarial, ao mesmo tempo em que atendam aos objetivos da empresa e dos funcionários. O tema foi apresentado na tarde de quinta-feira, 17 de agosto, por Paulo Airton Santos, economista com especialização em Recursos Humanos e MBA em Gestão de Pessoas.
A palestra, promovida pela CIC, buscou desmistificar a aplicação dos Benefícios Flexíveis nas organizações por meio de uma abordagem prática, utilizando estudos de caso e aspectos legais. Além disso, proporcionou a troca de experiências, ampliando o conhecimento e apresentando os resultados alcançados.
“O ser humano é um eterno insatisfeito com picos de satisfação, por isso se a empresa oferece benefícios tradicionais estará mais afastando do que atraindo pessoas. É preciso dar um salto para o futuro no setor de Recursos Humanos. O RH está na beira de um abismo e se for obsoleto irá se afundar”, enfatizou Santos.
No modelo tradicional, quando as empresas criam seu pacote de benefícios, elas estabelecem exatamente o que os funcionários poderão receber. São itens básicos que incluem plano de saúde, seguro de vida e algumas opções de lazer e vantagens para a aposentadoria.
Porém, quando a empresa opta pelo modelo de benefícios flexíveis, ela cria um pacote bem mais amplo e inclui opções não tradicionais, reconhecendo as necessidades de cada colaborador, levando em consideração fatores como idade, grupo familiar, estilo de vida, preferências de lazer e muitos outros.
Neste caso, na disputa entre as exigências legais e as necessidades das pessoas, os benefícios flexíveis facilitam a manutenção do equilíbrio. Com mais de 25 anos de experiência em RH, Remuneração Estratégica Variável e Gestão Administrativa, Santos também enfatizou que este modelo facilita o controle de custos, contribui para atrair e reter pessoal qualificado e conscientiza o empregado do valor dos benefícios.
“No entanto é recomendável ofertar benefícios que se enquadrem naqueles reconhecidos pelo INSS, como saúde, alimentação, transporte, educação e previdência”, salientou. O conteúdo programático também listou os tipos mais comuns de benefícios flexíveis, suas vantagens, cuidados e aspectos legais, além de explorar mitos e verdades sobre o assunto.
“O estudo de viabilidade é a maneira mais fácil de entender se o programa pode ser adaptado à realidade da empresa e qual será o seu impacto tanto na gestão como nos funcionários”, concluiu.