As perspectivas e cenários empresariais para 2024 foram apresentados para a diretoria Geral da CIC, na última reunião do ano, realizada na noite de quarta-feira, 6 de dezembro. Na ocasião, o administrador de empresas, Márcio Ludwig Otton, apresentou os desafios que deverão ser enfrentados pelo setor produtivo.
O presidente da CIC, Carlos Bianchi, enfatizou que as incertezas políticas, a insegurança jurídica, adversidades climáticas e a queda na confiança empresarial cobraram um preço alto em 2023. “Nossa história, repleta de desafios, sempre teve um ingrediente fundamental: a união. Os 100 anos da CIC estão marcados por superações, conquistas coletivas e, acima de tudo, pela habilidade de enfrentar adversidades juntos. O próximo ano não será diferente”, enfatizou o dirigente.
Com uma análise alicerçada nos fatos marcantes deste ano, Otton alertou que, apesar dos efeitos da pandemia não terem mais influência sobre o mercado, a lenta recuperação da economia nacional é um indicativo de alerta, principalmente com a curva descendente dos preços de commodities.
“Com gastos crescentes em todos os governos recentes, nos últimos dez anos somente em 2022 as contas públicas brasileiras fecharam no azul. E essa tendência leva ao aumento da disposição do elevar tributos ao invés de diminuir custos da máquina pública”, salientou o sócio fundador da Inforti Consultoria.
Mais cedo, o vice-presidente de Serviços da CIC, César Ongaratto, fez uma apresentação sobre o projeto da Reforma Tributária (em tramitação no Congresso Nacional) para a diretoria eletiva da entidade. O advogado também listou três potenciais choques que as empresas podem sofrer em pouco tempo.
Segundo ele, a proposta de aumento do ICMS ou o corte de incentivos às indústria, pelo governo gaúcho, além da ameaça do fim da desoneração da folha de pagamento, na esfera nacional, podem provocar uma maior estagnação da economia nacional somada a agravamento da perda de competitividade dos negócios no Rio Grande do Sul.
“Esse leque só ajuda a afastar investimentos externos e a aumentar o desânimo em relação ao futuro. Quem não está apavorado, não entende o que está acontecendo”, complementou o administrador Márcio Otton.