O especialista em Neurociência e Comportamento, Daniel Borelli, foi o convidado da CIC na manhã de quinta-feira, 28 de setembro, para o Bom Dia Associado. Falando sobre a reinvenção da liderança, ele apresentou características que contribuem ou prejudicam uma empresa na trajetória entre o controle dos processos à humanização.
“O caminho da gestão humanizada parece ser complicado e assustador, principalmente porque os líderes não estão preparados e por terem dificuldades de acompanhar a mudança”, explicou. Segundo Borelli, o comportamento das novas gerações alterou sobremaneira a relação entre trabalho e carreira.
Com mais de duas décadas de experiência profissional, enfatizou que a palavra carreira não faz mais sentido para os jovens, que não tem na aposentadoria seu principal objetivo e preferem trabalhar por um período mais longo em suas vidas, com foco no bem-estar.
“Para eles não existe um período em que trabalham muito e depois param de trabalhar por completo. Pela primeira vez na historia, a maioria dos adultos se encontram na fase em que a necessidade de autorrealização começa a influenciar o comportamento de maneira significativa”, alertou.
Borelli também apresentou uma pesquisa realizada pela Great Place to Work (certificação que mede a percepção dos profissionais em relação à empresa na qual trabalham). De acordo com o estudo, oportunidades de crescimento na empresa e qualidade de vida são mais importantes para os colaboradores do que alinhamento de valores, remuneração e estabilidade.
Neste cenário é que entra o papel da liderança, que tem a função de mobilizar as pessoas com o envolvimento delas nas atividades e tarefas do dia a dia. “A liderança não se faz por coação e constrangimento, mas sim por convicção e convencimento. O colaborador não pode temer seu líder, senão ele vai se esconder e encontrar uma forma de burlar por não ter confiança”.