A 26ª edição do Balanço Econômico de Garibaldi foi apresentada na manhã de terça-feira, 21 de outubro, na sede da Câmara de Indústria e Comércio. A publicação, coordenada pela CIC Garibaldi, em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a Prefeitura Municipal, que mede anualmente a pulsação da economia local, mostrou mais uma vez a força do seu tecido produtivo.
A análise, conduzida pela economista Mônica Mattia e pelo contador Eduardo Leites, revelou um cenário de crescimento moderado, sustentado principalmente pela indústria, que responde por 85,7% do faturamento total do município, estimado em R$ 4,07 bilhões. Foram avaliadas 71 empresas de 17 segmentos, responsáveis por mais de 6,5 mil empregos e R$ 453 milhões em lucros operacionais.
O presidente da CIC, Carlos Bianchi, enfatizou que o Balanço Econômico é uma ferramenta vital para que empreendedores e lideranças possam compreender a evolução, identificar tendências e projetar o futuro empresarial e econômico do município.
“É mais do que uma fotografia do presente, é uma bússola para o futuro. Ele nos orienta, mostra nossos avanços, identifica desafios e revela oportunidades. Que todos possamos utilizá-lo como base para seguir inovando, crescendo e construindo juntos uma Garibaldi ainda mais próspera, competitiva e humana”, afirmou o dirigente.
Um dos pontos que chama atenção é o aumento consistente do patrimônio líquido industrial, que subiu 14,13% em relação a 2023, passando de R$ 1,52 bilhão para R$ 1,73 bilhão. De acordo com Leites, esse crescimento revela gestão sólida e capacidade de reinvestimento das empresas locais, mesmo em um contexto macroeconômico de desaceleração.
Outro dado relevante é o incremento de 10,96% em salários e encargos, acompanhado de um lucro operacional 9,63% maior, indicando ganhos de produtividade e valorização do capital humano — um reflexo direto da aposta na qualificação e na eficiência operacional.
O setor de serviços surpreendeu positivamente com um salto de 65% no lucro operacional e 27% no patrimônio líquido, sinalizando amadurecimento do segmento e diversificação da base econômica. Já o comércio mostrou estabilidade, com alta de 11,8% na receita líquida e 7,7% no lucro operacional, compensando parcialmente a redução nos investimentos fixos, que caíram 23%.
“No conjunto, os dados demonstram que Garibaldi mantém sua capacidade de adaptação, mesmo diante de oscilações externas e desafios de mercado”, explicou Monica Mattia. A arrecadação estadual também avançou 8,8%, com destaque para o ICMS, que cresceu 9%, e o IPVA, com alta de 12,3%, confirmando a relevância da atividade industrial e comercial no retorno fiscal do município.
“A solidez da economia garibaldense não está apenas nos números, mas na visão de longo prazo das empresas, que crescem sustentadas pelo trabalho, pela prudência e pela confiança no futuro”, concluiu Bianchi.
As 10 melhores
O ranking geral do Balanço Econômico 2025 destacou as empresas com melhor desempenho em Receita Líquida, Salários e Encargos, Lucro Operacional, Impostos sobre Vendas e Patrimônio Líquido:
1) Tramontina
2) Madem
3) Nutrire
4) Cooperativa Vinícola Garibaldi
5) Frigorífico Nicolini
6) Ricefer
7) Cooperativa Cairú
8) Aleplast
9) Telasul
10) Tibre