O Bom Dia Associado CIC de quinta-feira, 19 de setembro, recebeu o o vice-presidente de Integração da Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rafael Sittoni Goelzer, que falou sobre o papel transformador do associativismo.
A integração entre as forças empresariais e sociais do município pode contribuir para o fortalecimento da competitividade da cidade, atrair investimentos, ampliar e qualificar a oferta de profissionais das mais diferentes áreas. “Quanto mais empresas estiverem dentro da CIC, mais forte ela será para influenciar as políticas públicas do município e melhorar o cenário para o crescimento de todos”.
Ele lembrou que Garibaldi tem um dos principais Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado e para fazer com que esses dados sejam traduzidos em ações que beneficiem a todos é preciso seguir em uma caminhada que, necessariamente, passa pela integração das forças.
“A transformação acontece através do associativismo empreendedor, de pessoas que querem ver o município crescer, independentemente de quem seja o prefeito. Que querem ver o desenvolvimento da cidade. Isso é transformador. A cadeira nunca vai ficar vazia. Por isso a gente pode participar auxiliando com propostas e projetos. Não adianta a gente esperar que eles façam tudo. A gente tem de fazer também”, salientou.
Com a palestra “Associativismo transformando realidades”, Goezler destacou os enormes desafios enfrentados pelas empresas durante as catastróficas enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul, frisando o papel essencial das entidades empresariais na mobilização de recursos e na oferta de suporte aos empresários e trabalhadores atingidos.
Segundo ele, a resiliência do setor empresarial foi fundamental para mitigar os efeitos devastadores da catástrofe. No entanto, ele criticou a falta de uma resposta mais eficaz por parte do governo, afirmando que, se os estragos físicos provocados pelas águas foram amplamente visualizados, a “mancha econômica”, que atingiu empresas e setores fundamentais da economia, recebeu pouca atenção.
Ele ressaltou que, assim como os mapas mostraram a extensão da área atingida pelas enchentes, também deveria haver uma percepção clara da magnitude dos impactos financeiros e sociais, marcados por um longo processo de recuperação para muitos negócios. Segundo Goezler, o associativismo mostrou-se mais uma vez vital para unir forças e ajudar a transformar a realidade de quem mais precisava.
“Nós tivemos empresas que perderam a capacidade de distribuir seus produtos. Nós tivemos empresas que tiveram quedas de faturamento de 30%, 40%, 70%, 90% e não foram atingidas pelas águas. Por que o governo não auxiliou essas empresas? Esse foi um debate muito forte que nós travamos”, lembrou.
O encontro, que já se tornou tradicional, também proporcionou uma uma ótima oportunidade para os participantes se conectarem com outros líderes empresariais, em um momento de aprendizado e networking.
Para o presidente da CIC, Carlos Bianchi, o momento exige união para que a força coletiva se revele como um dos maiores agentes de mudança. “Aqui, em Garibaldi, temos exemplos vivos de como a união de empresários, empreendedores e lideranças comunitárias pode gerar impacto real. E não se trata apenas de crescimento econômico, mas também de transformar realidades, criando oportunidades e fomentando o desenvolvimento social e cultural da nossa região.