A busca pela felicidade tornou-se uma obsessão para a sociedade atual que, em muitos casos, impõe um padrão inatingível para a maioria das pessoas. O sociólogo, Mestre e Doutor em Teologia, Giovani Mattiello, diz que a busca por este estado em referências midiáticas e em redes sociais acaba levando a um caminho oposto.
Ele esteve na CIC na noite de quarta-feira, 26 de junho, para falar sobre Valores Humanos, em evento promovido pela entidade em parceria com o Departamento de Recursos Humanos (DRH-CIC) e Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE).
“Os Valores Humanos devem ser os alicerces, as portas e o caminho que nos faz progredir, de maneira prática, em atitudes, virtudes, sabedoria e conhecimento”, destacou Mattiello.
Com mais de 1.200 palestras em 250 cidades na última década, Mattiello também é reconhecido por seu trabalho profundo e inspirador como cantor, compositor e escritor, refletido em seus três CDs (“Da vida, dos sonhos e do amor”, “Coisas da Alma” e “Na ternura e amor”) e outros três livros (“Nas trilhas da esperança”, “No coração do Pai” e “O que ouvi de Raul: Considerações filosóficas sobre um Maluco Beleza”).
Mesclando suas falas com canções que ofereciam uma reflexão sobre cada tema abordado, ele também chamou a atenção para a importância do comportamento, simplicidade, acolhimento, paz, amor, esperança, autoconhecimento e autocuidado.
Esses tópicos, especialmente relevantes no atual contexto social, principalmente na construção de referências que ficarão como legado para as próximas gerações. Mattiello também falou sobre o momento que vive o Rio Grande do Sul, depois das inundações que devastaram dezenas de cidades e resultaram em dezenas de mortes.
“É preciso considerar que muitos caminhos que nós seguimos até então, muitas coisas que nós fizemos até hoje, talvez não poderemos mais repeti-las. E quem repete as coisas não sai do lugar, não encontra mais os caminhos, não chega a lugares maiores”, refletiu.
O sociólogo também salientou que o ser humano está constantemente buscando “coisas” como se fosse o real sentido e realização da existência, sob o pretexto de não ser excluído de uma sociedade que tem como propósito criar desejos e não em satisfazer.
“Gastamos a vida em coisas que são pouco representativas da nossa essência, da nossa consciência. Nós precisamos investir o nosso tempo naquilo que é sagrado na gente, naquilo que é digno de ser vivido pelas pessoas que vem depois da gente”.
Para ele, o esforço do ser humano deve compreender o seu ideal de vida, na busca por sabedoria e conhecimento em tudo o que faz sentido real. A partir daí a felicidade será uma consequência de uma vida com virtudes, ética e valores.
A CIC também incentivou a solidariedade, estimulando os participantes a contribuir com doações de alimentos não perecíveis e produtos de higiene pessoal, que serão destinados às vítimas das recentes enchentes no Rio Grande do Sul e a Pastoral da Criança em Garibaldi.