A CIC de Garibaldi une-se às vozes que lastimam e repudiam os atos de violência ocorridos durante manifestações realizadas em Brasília, no domingo, 8 de janeiro, que resultaram em invasões a prédios dos Três Poderes e depredação de patrimônio público, bem como ataques à democracia.
Neste sentido, ratificamos as notas publicadas pela Federasul, Fiergs e CNDL em defesa do Estado Democrático de Direito, que chancela as manifestações pacíficas e ordeiras.
Defendemos esses direitos contra quem quer que seja sempre ressalvando que, a pretexto de combater uma violência, no calor do momento, não podemos cometer injustiças contra pessoas inocentes que agindo dentro da lei também tenham sido surpreendidas pelos atos criminosos, para que não se ampliem as cicatrizes em nossa democracia.
Da mesma forma, solidariza-se com a Realtur Viagens e Turismo, que teve seu nome citado em notícias sobre os fatos. A empresa não pode ter seu nome dilapidado por estar prestando um serviço lícito dentro de todas as regras que o exercício de sua atividade exige.
O Brasil teve uma série de conquistas de direitos e deveres garantidos pela Constituição Federal que são muito claros até para o leigo, mas cada vez mais pessoas percebem que os direitos vêm sofrendo restrições por tempos de exceção e isto é perigoso.
A sensação de injustiça, a percepção de abusos de autoridades ou de um tratamento desigual em relação a determinados segmentos, abre espaço, alimenta e amplia discursos radicais.
A pacificação do País precisa ser alcançada pelo respeito às leis, sem afrontar os princípios fundamentais da Constituição Federal, buscando a sensatez no lugar da escalada de violência, para que as instituições resgatem seus verdadeiros papéis e os ânimos se acalmem, permitindo ao pacífico povo brasileiro viver, trabalhar e produzir em paz, com democracia plena.